terça-feira, 27 de julho de 2010

Milho e feijão

Toda essa terra, e tão pouco pão há nela
Mas essa semente tem força,
e ainda vai matar a fome de muita gente

Mas nossa terra, de tão poucos donos
sozinha, gera muitas commodities

É verdade, e exporta grãos, gera divisas,
mas que não matam a fome, só os lucros, e de outra gente

E o melhor de nossa terra se vai, de porto em porto,
alimentando em outros continunentes, vacas, porcos e galinhas doentes

Nossa terra precisa dessa gente que trabalha,
mas também precisa matar a fome de gente de verdade,
não apenas engordar criações que não voltam para nossa panela.

E todo o suor dessa gente? 
Segue alimentando os lucros além mar, das muitas multinacionais
E nossa terra, segue,
construindo, com nossa ração barata, a riqueza de fazendas subsidiadas

Viva a colônia brasileira!  
Há mais de 500 anos, entregando grãos, tesouros e gente.


Então, vamos continuar a medingar o pão, louros e espelhos?

Viva o povo brasileiro.

(Ode a João Ubaldo, Darcy Ribeiro, José Arbex Jr., e graças a Deus, a tantos outros que ousam a nos fazer pensar em um Brasil possivel, e que não seja sucumbido pela banda podre de nossa elite - que ao longo dos últimos séculos, tem maculado leis, constituições e instituições, para seguir incólume dos prejuizos causados à todos nós.)








Amor em 3x4

Aproximo, você diz,
não de perto...
Enquadro, fotometro, retrato,
Agora está no foco!
Agora não, ponto. 
Peço com os olhos: um novo olhar?
você sorri. é o sim.
faço clic, dois, três,
fica sem sorri, é o fim.
E a foto, como ficou?
não sei.
Te amo assim, quadro a quadro,
amor em 3x4.










segunda-feira, 26 de julho de 2010

Namorangos

saborear-te até o fim
a cada gosto, seu melhor sabor
será todo o nosso instante
namorangos

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Seriema preto e branco

Seriema fotografada no Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema (MS).

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Hoje o céu tem seu azul

Hoje todo o céu teve seu azul
toda cor,
E vi neste infinito, todo meu amor, em todos os sentidos
o meu céu tem seu azul,
e foi todo na cor desse passarinho

E não voo, mesmo na saudade,
ficou assim, ao lado do retrato desta flor,
Ele azul, ela toda amarela
E essa ávore seca, mas que ainda é bela
guardou todas as nossas cores,
deve ser coisa de planta-janela
Destas feitas para quem registra cinzas e passarinhos.